Por Edilson de Holanda
Imagine que você resolveu tirar férias. Na agência de turismo, lhe oferecem a mais espetacular viagem já feita: a um lugar jamais visitado, uma cidade feita inteiramente de pedras preciosas, como safira, topázio e esmeralda, cujas portas são pérolas gigantes.
Não sei quanto a você, mas o primeiro pensamento que passaria por minha mente seria: “Que luxo!”. Pensaria no quanto os moradores do lugar são ricos. Ricos não, milionários. No quanto devem respirar o cheiro de dólares e resplandecer nos olhos cifrões. Um mundo de “Tios Patinhas”, mergulhando em seus cofres gigantes. Uma terra em que, indubitavelmente, o dinheiro tem muito valor.
A cidade descrita pelo agente de viagens existe, embora ele não possa vender esse pacote! É a Jerusalém Celestial, revelada a João e onde Cristo reinará com seu povo. Claro que a Bíblia não relata dólares, cofres nem Tios Patinhas! Leia Ap. 21: 21-27, onde vemos que “a rua principal da cidade era de ouro puro, como vidro transparente” (Ap. 21: 21).
Mas em se tratando do lugar em que Jesus reinará, não faz sentido para mim tanta riqueza, muito menos ruas de ouro. Afinal, qual será a nossa necessidade, ainda mais em se tratando de bens materiais, se estaremos vivendo uma eternidade com o próprio Deus? Nenhuma. Ouso afirmar que o significado das pedras preciosas na Nova Jerusalém não se refere a qualquer opulência ou sentimento de “ter”, mas ao fato de que tais bens, tão desejados aqui na Terra, terão na eternidade apenas o valor que realmente têm: de pedra.
Tocaremos em safiras com as mãos, mas não ansiaremos outro toque senão o de Deus. Refletiremos no olhar o verde de esmeraldas, mas nenhuma visão nos encherá os olhos como a da glória do Senhor. Para quê ruas de ouro? Para nos mostrar que ouro nada mais é do que sola de calçado.
E assim, nada nos será mais precioso naquela cidade do que a presença suficiente, irresistível, incomparável e insubstituível de Deus. Assim como, nesta vida, nada deveria nos ser mais valioso do que o próprio Deus. Não haverá necessidade de comparar fortunas nem de juntar o vil metal, pois os mais preciosos metais estarão a nos cercar, nos ensinando uma lição que já deveríamos ter aprendido: ao final de tudo, eles não valem nada.
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