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sábado, 26 de novembro de 2011

Coragem, aos que não tem...

O tempo da coragem chegou. E é estranho olhar para a cara das pessoas que não ouviram nada sobre isso. Pessoas que ainda esperam a grande passeata da coragem, o desfile das vitórias.


Mas a coragem é pequena no começo. E as vitórias vêm depois delas. A coragem vem em silêncio.
Então como fica?

Fica assim:
Não menospreze os seus começos. Os humildes começos continuam, então não ignore os primeiros passos, as segundas feiras, seus arrepios por coisas que parecem besteira aos que já são grandes e acham que não precisam mais de coragem para nada. Não ignore suas quedas. Olhe para elas, para nunca mais voltar a cair desse lado do morro. Outros tombos virão, mas você não precisa viver caindo sob a falsa impressão de que está voando. Coragem e inteligência são melhores juntas.
A coragem é uma criança subnutrida. Ela se alimenta de palavras, depois de fé, depois de ações. As ações são a sobremesa. Melhor parte.

A corgem não é você despirocar e fazer coisas sem sentido. Ela é a ousadia de ver sentido em palavras, fé e ações, enquanto todo mundo prefere despirocar, alienar-se. A coragem não fecha os olhos.

Ela chegou mas a gente prefere aumentar o som e não ouvir palavras novas. Chegou mas estamos ocupados demais esperando ela chegar! Entende a ironia? Ela já chegou! Você não percebeu porque não quis.

Hoje fala-se de amor. Falamos dele sentados em nossas rodinhas, falamos dele no msn, falamos de amor para dentro, na hora do banho, no trânsito da dr. arnaldo. Falamos de amor e esquecemos que sua principal marca é lançar fora o medo. E isso é = coragem. Não tem muito a ver com passividade.
O amor lança fora o medo de se relacionar com um Deus invisível, o medo de falar na frente de pessoas visíveis, o medo de agir, o medo de acordar, já que dormir parece sempre mais tentador.
Mas a coragem veio de mudança. Deixou de ser um vapor virtual que flutuava no céu, deixou de agir como um sermão de domingo e resolveu entrar no seu carro, no seu ouvido, no seu coração, na sua memória durante a semana, durante seus pecados. Ela está lá, pedindo pra falar. Pedindo pra que você decida de uma vez por todas essa porcaria de joguinho. A coragem desceu pra cá. Pra junto. Pra alguma coisa. Pra você usá-la.
Tentaram matá-la e ela teve coragem de ressurgir. Agora tá aqui, eterna, disposta, pronta para ocupar uma boca, uma pessoa, uma inteligência, uma palavra, uma fé, uma atitude, um pensamento.

A coragem chegou. Por quem ela deve procurar?

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